Reversão de hospitais<br>para o público

Foram inviabilizados com os votos contra de PSD e CDS, e a abstenção do PS, os projectos de lei do PCP e do BE que visavam reverter o processo executado pelo anterior governo de entrega de hospitais às Misericórdias.

Com esta iniciativa a bancada comunista pretendia voltar a colocar sob gestão pública os hospitais de Anadia, Serpa e Fafe que o governo PSD/CDS, sob a capa da chamada «reorganização hospitalar», entregara a entidades privadas.

Decisão, entre outras tomadas pelo executivo anterior, que visaram «enfraquecer a resposta pública e o SNS», segundo a deputada comunista Carla Cruz.

Já aprovado foi, também com a abstenção do PS, os votos contra de PCP, PEV e BE, e os votos favoráveis do CDS e PSD, um projecto de resolução da autoria deste último em sentido exactamente oposto ao diploma comunista, ou seja, pela manutenção da gestão daqueles hospitais sob a alçada das respectivas Misericórdias.

Alegou o PSD, por intermédio de Laura Monteiro Magalhães, que a entrega dos hospitais às Misericórdias permitiu a obtenção de «importantes ganhos de saúde às populações».

Discordando frontalmente, Carla Cruz sublinhou que pelo contrário em nenhum deles foi acautelado o interesse público nem o interesse dos utentes, para além de todo o processo ter sido conduzido à margem dos profissionais e das suas organizações representativas, assim como dos utentes e das autarquias.

No hospital de Fafe, cerca de 20 trabalhadores que exerciam funções na cozinha, nos bares e na limpeza não transitaram para a Misericórdia, exemplificou a deputada comunista, pondo em evidência os pontos negativos que resultaram dessa transferência de serviços públicos para entidades privadas e que no caso específico desta unidade de saúde se traduziu ainda numa redução do número de profissionais que compõem as equipas, pondo assim em causa a prestação de cuidados de saúde de qualidade.

 



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